domingo, 19 de abril de 2015

Oficina de Introdução à Permacultura SESC SOROCABA dia 18 de abril de 2015

Olá Pessoal,

Gostaria de agradecer à Deus, ao SESC Sorocaba, ao Marcos Bravim, ao Bruno e ao Alexandre Anezio por mais essa bela oportunidade. Gostaria de agradecer imensamente aos queridos participantes, que junto à Biomundo fizeram desta oficina um sucesso completo! Valeu meus queridos! Espero revê-los em breve!

Um forte abraço,
Meu e do Jorge















sábado, 11 de abril de 2015

Entrevista ao jornal Cruzeiro do Sul sobre Consumo e Felicidade dia 07/04/2015


Não, consumir não traz felicidade

Tema foi discutido em uma oficina realizada no Sesc de Sorocaba


Você já parou para pensar em quanto contribui para o esgotamento dos recursos naturais do planeta? Talvez pensando assim esse conceito fique muito distante, afinal você provavelmente não faz extração de minérios, derruba árvores, usa milhões de litros de água para irrigar o solo nem tem uma chaminé gigante que descarrega poluentes tóxicos no ar. O que muitas vezes não pensamos é que isso tudo acontece porque nós precisamos cada vez mais e mais rápido de novos bens de consumo.

Toneladas e toneladas de papel, novos celulares, roupas da moda, mais e mais carnes para o churrasco do final de semana, produtos industrializados que vem de longe para encher nossas geladeiras e dispensas. Tudo para alimentar o nosso consumo, que é cada vez maior. Você imaginava, por exemplo, que uma calça jeans precisa de 11 mil litros de água para ser produzida, um quilo de carne 15 mil litros de água e um carro 400 mil litros para ser feito?

Para promover a reflexão sobre esse assunto e indicar alguns caminhos para diminuir nossa pegada ecológica incluindo a hídrica - no planeta, o Sesc Sorocaba realizou nesta semana a oficina Felicidade e Consumo, que reuniu cerca de 20 adolescentes, jovens e adultos em um debate. A gestora ambiental e permacultora Clarice Pimentel, da Biomundo Permacultura, conduziu a atividade, e enfatizou primeiramente que o consumo é algo natural da vida, afinal, até as bactérias consomem ar e nutrientes no caso, mas a ideia é que qualquer ser vivo precisa de bens externos para viver.



O ser humano precisa sim de água, de alimentos, de vestimenta, meios para se comunicar, se informar, trabalhar e se divertir. A questão não é consumir, mas o que se consome, como, por que e em qual quantidade. "O problema é quando o consumo ultrapassa os limites do seu recurso. Nós temos um planeta que é finito, e se os desejos e necessidades forem infinitas, o planeta não vai suportar. Tem que haver um equilíbrio", resume a também educadora ambiental.

Ela lembra que há interesse por parte de algumas pessoas, principalmente grandes corporações, para que exista um consumo desenfreado e irresponsável, mas que a maioria das pessoas acaba sendo prejudicada com os grandes colapsos, como agora com a crise hídrica. Clarice frisa que, nessa crise da água, o principal consumidor são a agricultura e a indústria, mas que todos são parte nisso, pois compramos e recompramos - muitas vezes em excesso, influenciados pela cultura do consumo - esses produtos, que precisam da água para serem produzidos.

Uma das consequências - que também se torna causa, desse desequilíbrio provocado pela nossa cultura de consumo como meio de vida - é que nos afastamos da real felicidade. O ter é cada vez mais importante que o ser. Durante os debates, Pedro Lázaro Canone Leite, 18 anos, lembrou de um dos efeitos dessa ânsia pelo consumo, também estimulada pela publicidade já a partir da infância: a segregação e o valor do ser humano pelo que ele possui, não pelo que ele é, diz e faz. "A criança vê a propaganda de um produto na televisão e acha legal. Vê a segunda. Na terceira ela percebe que um amigo da escola já tem, na quarta a classe inteira tem e ela não. Muitas vezes isso encaixa com o bullying, é materialismo", conclui.

Clarice acrescenta que esses valores e esse ciclo do consumo é enraizado na cultura de forma sutil, gradual, em doses homeopáticas, para que não esteja nítido. E isso começa desde a infância mesmo, para que a publicidade forme um público facilmente influenciável também quando adultos. "É uma forma de doutrinar o ser humano e aquilo se torna parte do cotidiano", diz a gestora ambiental.

Para isso, são usados conhecimentos da psicologia, do inconsciente, se valendo de cores, sabores, sentimentos, embalagens, texturas, sensações, praticidade, status, ideal de beleza e harmonia, mexendo com a autoestima. "É engraçado porque a publicidade se utiliza muitos dos elementos do amor, da família, da felicidade real para vender. Isso entra no subconsciente, e na verdade a pessoa muitas vezes gasta um dinheiro consumindo um produto processado, por exemplo, que não vai trazer saúde".

As pessoas se tornam vulneráveis também por conta da falta de espaço para reflexão, pela vida agitada, o automatismo e as preocupações em sobreviver. "É um sistema muito injusto, mas eu tenho esperança que as coisas vão mudar". Clarice aponta que a sustentabilidade seria um terceiro viés, já que o capitalismo e o socialismo já estariam ultrapassados e não dão conta das necessidades reais da vida humana. "Do jeito que está, daqui 100 anos o planeta não suportará mais".

É preciso pensar mais antes de consumir

Muitas vezes até os passeios são em centros de compras

Ingrid Sayuri Hosoda, 14, participou da oficina e confirmou que realmente a publicidade acaba influenciando. "Eu fico com vontade de comprar, ficamos tentados a consumir sim, sem pensar muito". Ela e Aisha Alves Souza, 13, começaram a ter mais consciência do quanto consomem de recursos naturais, principalmente água. "Eu nunca tinha parado para pensar no alimento, no quanto gasta de água. Nunca tinha parado para pensar no que eu gasto e no que não", diz Aisha.

Luís Gustavo Fernandes Paschoal, 16, lembrou também dos softwares de computador e de celular, que ficam defasados em pouco tempo diante das atualizações cada vez mais rápidas. Esse ponto remete à obsolescência planejada produtos feitos para durar pouco, e a obsolescência perceptiva, quando se é induzido a trocar algo que ainda é útil, por conta das novas tendências e novidades tecnológicas. No próximo dia 18 haverá nova edição da oficina.

Como mudar de atitude

A gestora ambiental e permacultora Clarice Pimentealerta que é preciso pensar mais antes de consumir, para comprar aquilo que realmente vai suprir as necessidades, sem impulsos ou influências de status, até para ter uma situação financeira mais saudável e usar o dinheiro e tempo para outras atividades. Tempo porque o consumo está tão enraizado que muitas vezes os passeios também são em centros de compras.

Clarice dá a dica de procurar outros espaços mais saudáveis para o lazer, como parques ecológicos, onde é possível se exercitar, estar em contato com a natureza e em atividades coletivas, promovendo uma maior conexão entre familiares e amigos. "Esses momentos divertidos, de brincadeiras, piqueniques e jogos a gente nunca mais esquece. Os momentos que eu tive de consumo com meus pais não são algo que eu me lembro, não marcam", cita.

Para uma vida sustentável, o primeiro passo é começar a contribuir para uma mudança do fluxo do sistema. Atualmente ele é linear, começa na extração, segue para a produção nas indústrias e agricultura, é distribuído, vendido, consumido e descartado. Na natureza, o sistema é um ciclo fechado, pois o que é consumido volta a fazer parte da cadeia.

Um exemplo é o lixo, que o ser humano atualmente descarta em aterros sanitários, lixões ou incineradores, produzindo na verdade mais tóxicos e materiais que vão demorar décadas, séculos e até milhares de anos para se decompor. "Essa é a herança que a gente quer deixar para o planeta e para os nossos filhos?", questiona.

Uma primeira dica é começar a separar o lixo orgânico do reciclável, e se não houver coleta seletiva, levar a um ponto de coleta desses materiais. Um próximo passo seria compostar o lixo orgânico, como as sobras de comida, que se transforma em adubo e volta à natureza como nutriente. Clarice explica que é possível encontrar na internet várias orientações para fazer sua própria composteira. Dá também para reutilizar os materiais secos para fazer artesanato, consertar peças para serem utilizadas por mais tempo, enfim, pensar em prolongar o máximo possível o ciclo de vida dos produtos.

Outra atitude que pode ser incorporada aos poucos no dia a dia é a escolha do que consumir, evitando desperdícios e também as embalagens difíceis de reciclar ou em grande quantidade. Por exemplo, é melhor um invólucro de papel, que se decompõe mais rápido, do que um de plástico laminado, que não é nem mesmo reciclado. "Muitas vezes a embalagem é mais cara que o produto. Você paga para ser seduzido, comprar o produto e depois jogar a embalagem fora", destaca Clarice.

A produtora de vídeo Rosana Muniz, 46, participou da oficina no Sesc e conta que começou a refletir sobre o assunto há pouco tempo, mas já começou a mudar atitudes e a transmitir essa reflexão para o filho de dez anos. Ela lembra que passou a pensar mais sobre o que consumia e sobre o que mantinha parado em casa, como roupas e sapatos que não usava mais, que tinha em quantidades desnecessárias.

Essa mudança de postura Rosana agora percebe com mais força no filho, que consegue identificar o que realmente quer, longe das seduções externas. "Esse ano foi o primeiro que ele não pediu ovo de páscoa, já não liga para chocolate, e não quis o brinquedo", conta. Agora o filho está direcionando o olhar para o que realmente quer, para o objetivo, sem se dispersar e gastar com o que não é importante. 

SERVIÇO
Oficinas sobre Consumo e Permacultura
Dia 18 de abril, sábado, das 10h às 18h
Os ingressos gratuitos podem ser retirados uma hora antes, e há 30 vagas
Podem se inscrever interessados a partir de 14 anos
Informações: (15) 3332-9933 e www.sescsp.org.br/sorocaba

Notícia publicada na edição de 10/04/15 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 001 do caderno Ela - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Agenda Biomundo

A Biomundo tem o prazer em convidá-los para nossas próximas atividades nas unidades do SESC.
Todos serão bem vindos!


Gratidão

Segue agenda de oficinas Biomundo:



ABRIL
07/04 e 9/04 SESC Sorocaba, com a oficina Consumo e Felicidade as 15hs às 18hs Oficina gratuita das 15 às 18s horas. Retirada de senha 1 hora antes na recepção.


Dia 18/04 SESC Sororcaba Introdução à Permacultura das 10 às 18hs.Oficina gratuita das 15 às 18s horas. Retirada de senha 1 hora antes na recepção.



MAIO
Dia 10 e 24/05 SESC Vila Mariana Movelaria Sustentável Oficina gratuita das 11 às 14s horas. Retirada de senha 1 hora antes na recepção.



DIA 16 e 23/05 SESC Taubaté Banheiro Seco Oficina gratuita das 14 às 17s Retirada de senha 1 hora antes na recepção.


JUNHO
Dia 7,14 e 28/06 SESC Santo Amaro na ordem: Telhado Verde, Horta Vertical e Banheiro seco das 10 às 13hs. Retirada de senha 1 hora antes na recepção.
Duvidas Tel : 11 2894-0194 ou  96342-9189/ 97273-0968
Email: biomundopermacultura@gmail.com